Seja bem vindo!

Talvez não encontre aqui tudo o que queria ouvir;
Talvez não concorde com o que vai ler;
Talvez não acredite em algumas palavras.
Porém, sinta-se livre como quem está em casa para comentar e fazer bom uso do que lhe agrade.
Saiba apenas, como bem disse Antoine de Saint-Exupéry: O essencial é invisível aos olhos.
Enfim, procure aqui o essencial e, deixe os conceitos formados, um pouco lá, do lado de fora.

Abraço

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Ao pé da varanda


Diálogo entre amigos

Seria tão somente um desejo do coração,
se não fosse, antes de tudo, uma necessidade da alma.
O diálogo "Entre Amigos" não pretende ser outra coisa,
se não uma partilha de vida.
Onde a experiência se entrelaça ao conhecimento,
onde a prática se une a teoria simples e pura;
Conversa franca, transparente, aparente;
Como prosa batida ao pé da porta na varanda,
cativante e a espera de quem nela quiser entrar.



Vamos entrando amigo que a conversa está só começando.
Mande seu texto, sua conversa, seu assunto...


Está na hora de puxar assunto. Que tal eu começar para ver se destravamos os dedos e também o coração? Não sei ainda exatamente do que falarmos ou sobre o que escrevermos, mas talvez seja esse um bom tema: Incertezas.

            A sabedoria popular diz: "Na vida só se pode ter certeza da morte".
Durante muito tempo limitei a conformar minhas idéias a esse pensamento.
Hoje talvez tenha algumas coisas na bagagem que me fazem discordar disso,
Mas quem disse que o coração humano também não é terra de incertezas. Afinal de contas o que seriam dos nossos dias sem as famosas dúvidas.




           Lembro do que um dia disse o Pe. Fábio de Melo: "devíamos rezar diferente, ao invés de dizer 'Senhor aumentai a nossa fé', Devíamos rezar: Senhor diminuí a nossa dúvida". Pois tantas vezes nos vemos mais cheios de dúvidas do que de fé. Em Deus, nas pessoas e até em nós mesmos. Tem horas meu amigo que duvido do óbvio, do que esta na cara. E duvidar é ruim? E duvidar é ser contrário a uma verdade? Ou seria desconhecê-la na plenitude?
            Não se duvida por discordar, mas por falta de acesso. Não acesso intelectual, mas digo aqui acesso experiencial. A experiência é que vale e faz valer. É isso que conta. Por isso se fez necessário na Bíblia a passagem do encontro de Tomé com o Cristo Ressuscitado. Foi à dúvida dele que lhe deu possibilidade de tocar o Senhor.
            Às vezes não basta saber, é preciso tocar. Na vida de muita gente é assim, inclusive na minha. Por isso Deus também nos coloca a prova, pois é ali que Ele nos experimenta. Mas não é fácil ficar com dúvidas. Ficar nos questionamentos. É duro ter fé. Mas sabemos o que ela nos reserva.



            Afinal de contas, "não são as respostas que movem o mundo, são as perguntas"! Isso dizia uma propaganda bem atual.

 

 

O amor nasce do encanto

O amor nasce do encanto,
Desdobra-se, se deixa tocar, alivia o pranto.
Enfrenta todo medo, revela de si cada segredo.
Escolhe e se recolhe no âmago do outro.

O amor nasce do encanto,
Deixa livre e vive solto.
Silencia para aquietar o mar revolto.
Inclina-se pra impedir seu rompimento,
Preenche de valor as lacunas do sentimento.

O amor nasce do encanto,
Dá do que é, se desfaz do que tem.
E sem dúvida contribui, retribui, restitui e não exclui.
Não se torna escravo nem tampouco faz pra si algum refém.

O amor nasce do encanto,
Se antecipa para não gerar sofrimento.
Aguarda sem cobrar.
Abre mão de todo lamento,
É notado sem se ostentar.

O amor nasce do encanto,
Cresce no íntimo do coração humano,
Propaga-se nas entrelinhas das intenções.
Rompe os laços do engano, alarga o ser.
E por fim se finda ou, para melhor dizer,
Retorna, apesar das situações, 
Ao seu lugar de origem, o coração do criador,
Para novamente poder correr.

O amor nasce do encanto,
Encanta os que nascem.
Dá força aos que crescem
E faz transbordar de esperança os que um dia morrerão.
O amor nasce do encanto...

domingo, 24 de abril de 2011

Nem tudo...

No desenrolar da vida, nem tudo é simples;
Nas contrariedades do tempo que se segue, nem tudo é oposição;
Nos desassossegos do cotidiano, nem tudo é perturbador;
Na terra das indiferenças, nem tudo é inóspito;
No misterioso mundo interior do homem, nem tudo é recôndito;
Mesmo nas montanhas mais altas, nem tudo é intransponível.